fonte: CREMERJ
Os conselheiros do CREMERJ receberam, na terça-feira, 8, durante a reunião da Comissão de Saúde Pública, o médico e vereador Carlos Eduardo – que deverá ser o novo secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro. O objetivo do encontro foi conhecer os planos dele para a Saúde e os projetos para 2017.
O presidente do CREMERJ, Pablo Vazquez, abriu a reunião falando sobre a tradição do Conselho em estabelecer contato com os secretários municipais e estaduais e de recebê-los para debater as ações do setor. ” Queremos esclarecer que a ação do CREMERJ junto aos secretários é sempre no sentido de construção, com ideias, sugestões e até mesmo críticas. Sabemos que a situação da saúde no Rio de Janeiro é complexa e enfrenta problemas graves, mas acreditamos que pode melhorar. E é por esse motivo que nos reunimos”, explicou Vazquez.
Durante o encontro, o CREMERJ questionou a viabilidade da municipalização dos nove hospitais federais do Rio, conforme divulgado este mês. Também foi levantado o questionamento sobre a possibilidade da renovação de contratados dos médicos da FunRio que atuam no Hospital Municipal Miguel Couto. Com o fim do acordo previsto para este mês, a unidade corre o risco de perder recursos humanos, afetando o atendimento à população.
Além disso, o vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, pediu explicações sobre as ações de melhoria da regulação municipal e a ausência da prefeitura nas discussões da criação da Central Única de Regulação no Estado. Ele ainda lembrou sobre a importância da reativação do CTI pediátrico do Hospital Souza Aguiar e a contratação de recursos humanos para o serviço.
Outro assunto levantado pelos conselheiros foi a implantação de um núcleo de neurocirurgia no Hospital Lourenço Jorge, que é referência para urgências/emergências para a Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá. A redução no Programa de Assistência Domiciliar (PAD) no Hospital Municipal Salgado Filho e a dificuldade em transferir da rede municipal os pacientes vítimas de infarto também foram abordados.
Após os questionamentos, o futuro secretário respondeu quais serão as medidas que pretende tomar. Sobre os médicos da FunRio, Carlos Eduardo informou que a intenção é fazer um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para manter os médicos na unidade. A respeito da regulação, Carlos Eduardo adiantou que pretende participar das ações de criação da Central Única de Regulação do Estado e que vai integrar toda a rede municipal, o que atualmente não acontece.
Quanto à municipalização dos hospitais federais, Carlos Eduardo informou que a medida foi apresentada pelo governo federal ao prefeito eleito, Marcelo Crivella, e pode dar certo, desde que o contrato contenha cláusulas rigorosas que garantam o repasse de verbas em dia. Outra medida é viabilizar mais recursos cobrando por procedimento.
O futuro secretário também acrescentou que os hospitais serão prioridade. Ele declarou que pretende reativar o CTI pediátrico do Hospital Souza Aguiar e contratar mais profissionais. Ele também informou que estuda a possibilidade de fazer um concurso público para contratar neurocirurgiões para o Hospital Lourenço Jorge. Em relação às filas cirúgicas nas unidades municipais, Carlos Eduardo afirmou que diminui-las é outro assunto prioritário.
“Temos um grande trabalho pela frente e estou muito otimista. Quero um voto de confiança pela minha biografia e história. Quero trabalhar em conjunto com o Conselho, ouvindo, inclusive, as câmaras técnicas desta casa, pois este será um momento de grandes mudanças”, finalizou o vereador.
Participaram da reunião os conselheiros Erika Reis, Aloísio Tibiriçá, Serafim Borges, Sergio Albieri, Ana Maria Cabral, Marília de Abreu, Armindo Fernando da Costa, Gil Simões, José Ramon Blanco, Renato Graça e Luís Fernando Moraes.